quinta-feira, novembro 14 2024

Do pesado para a suavidade, esse foi o rumo que Chad Neptune, Steve Kleisath e Josh Colbert deciram levar quando o hardcore furioso do Strongarm encerrou suas atividades em 1998. Em conseqüência disso a banda optou por fazer algo novo e que soasse mais leve e emotivo, surge o Further Seems Forever. Três anos depois lançaram o primeiro álbum intitulado “The Moon is Down”, contando com Chris Carrabba nos vocais, hoje front-man do Dashboard Confessional.

Com a saída de Carrabba, a banda precisou de um substituto rápido, foi convidado Jason Gleason que acabou gravando o álbum “How To Start A Fire”, mas a Jason teve que deixar a banda um pouco tempo depois. Nesse período foi cogitado o fim da banda, mas por causa do apoio de seus fans a banda decidiu voltar e aproveitou a deixa de Jon Bunch do Sense Field, para somar sua experiência no FSF.

Agora com a casa em ordem, o Further Seems Forever lançou no ano passado o maravilhoso álbum “Hide Nothing”, que foi bastante elogiado pela crítica. Jon foi o responsável por todas as composições e junto com os seus companheiros de banda mantiveram o rock suave do início ao fim. Não se ouve músicas rápidas, e sim músicas altamente fortes.

Confira a seguir uma entrevista exclusiva que fiz com o guitarrista Derick Córdoba, na qual ele fala sobre o novo álbum, os planos, e um pouco sobre a finada banda Strongarm.

ZIMEL – Depois dos primeiros albums, “The Moon Is Down”, com o Chris Carrabba e “How to Start a Fire” com o Jason Gleason, o que realmente mudou com no novo trabalho, “Hide Nothing”, com o Jon Bunch (ex-Sense Field)?
D.C. – Acho que o Jon trouxe muita experiência com ele. Ele tem gravado muitos álbuns em que participou e de fato trouxe seu estilo pessoal para o álbum.

ZIMEL – De onde surgiu a inspiração para produzir “Hide Nothing”? Qual a mensagem que você quer transmitir?
D.C. – Só queríamos que a música transmitisse beleza. O titulo refere-se a ser honesto de muitas maneiras. Em lidar com a musica, pessoas e lidar em geral.

ZIMEL – Por um breve momento, a musica “Light Up Ahead” me lembra a banda U2. Quais são as influências da banda?
D.C. – Muitos membros da banda amam o U2 e isso pode ter aparecido no álbum. Acho que todas nossas experiências, assim como incontáveis bandas, influenciaram a maneira como escrevemos.

ZIMEL – A música “All Rise” é praticamente a continuação de “Make it a Part”, que lembra a música “The Unforgive I e II”, do Metallica. Como nasceu a composição da música?
D.C. – Quisemos tentar algo novo. Foi só uma maneira que quisemos experimentar com a música.

ZIMEL – Como foi o processo de criação do vídeo “Light Up Ahead” e o que o vídeo quis transmitir?
D.C. – Recebemos o tratamento de placas de animação e adoramos a idéia. Tínhamos gravado dois vídeos antes e não estávamos interessados em uma outra filmagem de vídeo. Animação parecia uma maneira legal de mudar as coisas. Acho que a música é sobre esperança e isso é mostrado no vídeo.

ZIMEL – Agora com o Chris Carrabba na Dashboard Confessional, qual é o relacionamento da banda hoje e por que ele saiu da banda?
D.C. – Temos um bom relacionamento com o Chris e temos feito também turnê com a Dashboard algumas vezes.

ZIMEL – Para quem não sabe, como foi o surgimento da banda? E me fale sobre a trajetória da banda, as vitórias e dificuldades…
D.C. – De certa maneira foi bem interessante. Tocamos em lugares incríveis e encontramos muitas pessoas fantásticas. Esperamos tocar musica por todo o tempo que pudermos. Fazer turnê sempre tem o lado mais doce. É divertido e é ótimo ver novos lugares e encontrar pessoas. Mas também pode ser exaustivo.

ZIMEL – A banda Strongarm era mais pesada em comparação ao FSF. Por que tocar um novo estilo de musica com a FSF?
D.C. – Quisemos fazer algo novo e interessante. Foi até bom você ter tocado no assunto, pois está sendo cogitada a volta do Strongarm. Vamos esperar para ver no que vai dar, nem a gente sabe ainda (risos).

ZIMEL – Chris Carrabba fez uma participaçao no festival Bamboozle. Como foi a apresentação?
D.C. – Divertida.

ZIMEL – Com o passar dos anos, sempre vem a mente a ideia de terminar uma banda por algum motivo. Neste momento, em que vive o FSF, o que motiva a banda a continuar por tanto tempo?
D.C. – Amamos tocar música.

ZIMEL – Você considera a banda Cristã? Qual o relacionamento entre a sua musica e a religião?

D.C. – Todos na banda são cristãos e tentamos viver nossas vidas desse jeito. Musicalmente somos apenas uma banda de rock. Esperamos que sejamos uma com uma mensagem positiva.

ZIMEL – Recentemente vocês fizeram uma turnê pela Europa. Como foi?
D.C. – Foi incrível. Tocamos em 14 países e 30 cidades. Sempre nos surpreende quando as pessoas aparecem para nos escutar em um país onde nunca estivemos e onde o CD ainda nem foi lançado.

ZIMEL – Quais são os projetos e planos? Vocês pensam em lançar um novo álbum ou um DVD?
D.C. – Estamos tentando fazer um DVD e esperamos que a legalidade disso tudo possa dar certo. Enquanto isso, não começamos a escrever nenhum novo álbum ainda.

ZIMEL – O que você acha da FSF vir ao Brasil? Você conhece alguma coisa sobre o Brasil?
D.C. – Seria incrível ir para o Brasil. Eu já estive na América do Sul, mas nunca estive no Brasil. Eu gostaria muito.

ZIMEL – Obrigado pela entrevista. Por favor, deixe uma mensagem para seus fans brasileiros.
D.C. – Espero que gostem do álbum e venham nos ver tocando ao vivo.

Entrevista concedida por Derick Córdoba do Further Seems ForeverRobert Souza, originalmente publicado no site Punks For Gods.

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