domingo, novembro 10 2024

O projeto Pôr do Sol embala os carnavais soteropolitanos desde 2016. Tendo como palco a praça Castro Alves, no Centro Histórico, os foliões encontram o cenário ideal para boa música. Neste terça (13), o encerramento da iniciativa ficou por conta de Armandinho, que animou os presentes ao som de grandes sucessos da sua trajetória, e dos irmãos Macêdo, que há 45 anos tocam juntos no trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar.

A Praça Castro Alves já foi ponto de encontro de trios elétricos na década de 1970 e tem uma aura toda especial para Armandinho. “É um momento de retorno ao local que foi palco de grandes emoções no Carnaval da Bahia. O pôr do sol será o momento da gente relembrar e poder passar para o povo toda nossa história musical que aconteceu na praça e que vem até os dias de hoje”, conta.

Cantando hits como “Atrás do Trio Elétrico” e “Chame Gente”, Armandinho trouxe de volta a nostalgia de outros carnavais, com toda força da guitarra baiana e dos gigantes da música que passaram por aqui. O show do artista se tornou uma verdadeira celebração do festejo baiano, que é considerado um dos maiores do mundo e arrasta pessoas de todo o globo para as ruas de Salvador.

O projeto Pôr do Sol este ano foi diferente: o que se concentrava em apenas um dia, passou a ter três. Começou no domingo (11) com Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira e Davi Moraes. Na segunda-feira (12), foi a vez da inovadora e animada Àttooxxá, dona do hit “Elas Gostam (Popa da Bunda)” em parceria com o Psirico. O encerramento ficou por conta de Armandinho.

História – Osmar Macêdo é um dos inventores do trio elétrico. O ano que revolucionou o Carnaval baiano era 1950, mas a herança do músico foi além do grande amplificador sonoro móvel. Anos depois nascia Armandinho. O filho é o responsável por perpetuar mais ainda a guitarra baiana, instrumento cujo primeiro protótipo (pau elétrico) também foi pensado pelo pai em parceria com Antônio Nascimento (Dodô).

Armandinho decidiu colocar mais uma corda na guitarra, além de criar novos modelos em parceria com profissionais especializados em instrumentos musicais, dentre eles Luizinho Dinamite, Vitório Quintanilha e Elifas Santana. Considerado um dos gênios da música instrumental no país, sua trajetória contempla a formação do grupo a Cor do Som, no final da década de 70, vários prêmios e discos em carreira solo.

Junto com os irmãos Betinho, Aroldo e André, subiu no Trio Armandinho, Dodô e Osmar mais uma vez no Carnaval deste ano. A família também está em cartaz no Teatro Sesc Casa do Comércio com o espetáculo “Carnaval – Música – Revolução”. Até o mês março, os artistas contam grandes histórias dos 40 anos de carreira, com leituras modernas dos arranjos e fazendo um passeio por eventos que marcaram os festejos do Carnaval na Bahia.

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