quarta-feira, janeiro 8 2025

Muitos de vocês podem não conhecer, mas o The Contortionist é uma banda americana de metal que modificou bastante seu estilo desde que começou sua carreira, em 2007. Após lançar o agressivo Exoplanet (2010), o progressivo Intrinsic (2012) e juntar ao seu som influências pesadas de Ambient Music em Language (2014), o grupo mergulha mais fundo nessa seara em The Clairvoyant.

Sempre tendo como base o progressivo e o estilo descrito como Djent, os americanos foram mostrando uma faceta mais new age e incorporando isso em sua imagem e no seu som de forma interessante. Isso é: soando melódico e ambiental sem abrir mão do peso e da violência (talvez abrindo mão de alguns vocais rasgados). Nesse álbum, eles trazem algumas músicas com doses comerciais mais latentes, como Godspeed e Reimagined (que inclusive conta também com um clipe bem interessante).

Como já dito, o álbum funciona como um sucessor musical natural ao Language, lançado anteriormente. Músicas como The Clairvoyant e Relapse usam bem todos os elementos mostrandos no registro prévio, se aproveitando das novas nuances e texturas que a banda procurou nessa bolacha. Além disso, os vocais de Michael Lessard deixam todo o conjunto mais leve com uma textura bem macia e que casa muito bem com a obra da banda no geral. Porém, essa sensação de fluidez entre os trabalhos pode deixá-lo um pouco maçante em alguns momentos para quem já ouviu a obra anterior.

Músicas como Relapse mostram a intenção do grupo de forma perfeita: consegue soar agressiva quando tem que ser, progressiva nos momentos certos (o que é facilmente sustentado pela grande capacidade musical dos integrantes) e ambiental por toda a sua extensão. Return to Earth também tem um clipe interessante que é uma continuação do anterior (que é Reimagined) e Monochrome (Pensive) encerra o álbum da forma como o mesmo foi apresentado, mas não menos interessante.

Neste quarto registro, o The Contortionist entra mais profundamente em uma musicalidade mais sóbria, madura e eleva (com perdão do trocadilho) sua música a padrões interessantes e criativos para o que está sendo feito hoje na música pesada em geral.

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