quarta-feira, janeiro 8 2025

O Spotify removeu de seu catálogo faixas de 27 bandas de supremacistas brancos que perpetuam mensagens de ódio. Os nomes dos grupos foram compilados pelo site “Digital Music News”. O aplicativo de música informou sobre a remoção ao site da revista “Billboard”, especializada na indústria fonográfica.

De acordo com um porta-voz da plataforma de streaming, o catálogo disponibilizado é proveniente de “centenas de milhares de gravadoras em todo o mundo”, que detêm a responsabilidade por seu conteúdo. No entanto, “conteúdos ilegais ou material que favorece o ódio ou incita a violência contra a raça, a religião, a sexualidade ou algo semelhante não é tolerado por nós”, afirmou a empresa em comunicado.

“O Spotify toma medidas imediatas para remover qualquer material assim que tenha sido trazido a nossa atenção. Estamos felizes por termos sido alertados para este conteúdo — e já removemos muitas das bandas identificadas hoje (esta quarta-feira), enquanto revisamos o resto com urgência”, completou.

Além de excluir artistas identificados como inapropriados por propagar o ódio, o Spotify lançou a playlist “Patriotic Passion” (Paixão Patriótica), com a justificativa de ser a “trilha sonora para um país pelo qual se vale a pena lutar”. Entre as músicas, estão “Star Spangled Banner” de Jimi Hendrix, “Living In America” de James Brown, e “Americano” de Lady Gaga.

Especialistas consultados pela “Billboard” disseram que a tarefa de decidir o que manter e o que excluir é difícil porque requer uma escuta cuidadosa para não trazer mais atenção às bandas de ódio.

Segundo o “Digital Music News”, a maioria dos grupos listados tinha poucos seguidores e contagens de audição, mas Paul Resnikoff, autor do texto, ressaltou que “na sequência dos violentos confrontos em Charlottesville, a presença de música de supremacia branca no Spotify assume uma posição diferente”. Resnikoff disse ainda que a própria ferramenta facilitou encontrar bandas similares devido a seus recursos tecnológicos.

A decisão do Spotify veio quatro dias após a morte de uma mulher de 32 anos, quando um carro dirigido por um supremacista branco atropelou uma multidão, ferindo 19 pessoas, durante um protesto contra a violência fascista, em Charlottesville, no estado americano da Virgínia.

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