Um sueco, outro alemão. Um com com 27 anos de estrada, outro com 17. Amon Amarth e Powerwolf visitam pela primeira vez juntos o Brasil, e o Rio de Janeiro não poderia ficar de fora dessa. Em um Circo Voador lotado, o Powerwolf subiu ao palco pontualmente às 19h.

Vamos lá: em que momento que eu dormi que o Powerwolf virou essa febre? Era realmente impressionante a quantidade de fãs que sabiam exatamente todas as músicas da banda. Tinha gente tatuada, gente de outro país com bandeira, gente tentando imitar as vestimentas teatrais dos alemães…uma salada mista que pode ser até estranha no primeiro contato, mas funciona. Até mesmo os membros da banda estavam impressionados com a recepção calorosa.

Liderados pelo vocalista Atilla Dorn e pelo tecladista Falk Maria Schlegel, o grupo alemão embalou os presentes com músicas como “Army of the Night”, “Amen & Attack” e “Armata Strigoi”. O show me deu uma certeza: a de que o Powerwolf voltará para o Brasil e para o Rio, com essa recepção calorosa como poucas vezes vi em bandas de abertura.

Pontualmente as 20h30, “Run to the Hills” do Maiden começa a ser tocada no PA. A música serve de introdução para os suecos do Amon Amarth entrarem no palco e já soltarem a clássica “The Pursuit of Vikings”, fazendo o Circo Voador pular em sincronia. A primeira trinca também tem as ótimas “Deceiver of the Gods” e “First Kill”.

O Amon Amarth é uma banda que fala sobre Vikings. O tempo todo. É só sobre isso. O que não quer dizer que temos um problema, mas que o público, especialmente no Rio de Janeiro, sabe levar o assunto com intensidade e um pouco de humor. Nas músicas “The Way of Vikings”, os mais animados nos mosh pits encenaram uma remada de barco viking, também na ótima “Guardians of Asgaard”, um martelo de Thor de brinquedo surgiu na plateia e foi pulando até chegar na mão de Johan Hegg, vocalista da banda.

A bela trinca “Raise Your Horns” (com direito a virada de “horn” de Johan), “War of the Gods” e a explosiva “Twilight of the Thunder God” encerra um show sem bis nem muito afeto da banda com o público, mas recheado de músicas e muito intenso. Amon Amarth e Powerwolf evocaram suas melodias para abrir um verdadeiro campo de batalha no Circo Voador. Assim que o sangue secar e as histórias cessarem, a cidade novamente clamará por retorno.